Ensinar inglês requer, em primeiro lugar, a vontade do aluno aprender. Isto faz do verdadeiro professor, aquele que está em sintonia com a os potenciais benefícios individuais e coletivos que o aprendizado do inglês como segunda língua representa a determinado aluno ou grupo de alunos. Isto depende de fatores múltiplos e o professor só obterá sucesso quando usa do mais amplo leque de conhecimentos para conseguir tal sintonia. Às vezes, pode parecer que determinado aluno ou aluna é uma esfinge mistériosa. A profissão tem o óbvio privilégio da consciência visível da importância inegável - para quem já passou por um processo de educação construtiva como aluno e torna-se a uma fonte viva de conhecimento - de que este mesmo processo se dá em frente a seus olhos. Mas há outro privilégio dos professores de inglês: poder desvendar as maneiras infindas de atingir um comum senso de utilidade daquele processo para o aluno . Acredito que o professor deve recorrer, na conjuntura antropológica-social contemporânea a expedientes que extravasem ao estrita transmissão de conteúdos considerados os unicos pertinentes às aulas de línguas. Aí vai, é claro, da paciência (e paciência é o pré-requisito essencial para qualquer professor) e disposição do professor em aceitar flexibilizar suas atividades e tempo para pesquisar assuntos que tragam os alunos a redescoberta do motivo que os leva a estudar e aprender coisas na vida, Investigação e Interdisciplinaridade são as palavras chaves. Mas nada disso dá certo se não ouver investimento financeiro dos pais dos alunos e valorização dos empresários da educação e dos governos. O maior absurdo é que estes três vem sendo os maiores carrascos dos professores. Os pais dos alunos que poderiam investir neste bem tão precioso que é a educação, preferem ensinar os filhos a gastar muito mais em futilidades e desperdiçar recursos. Os políticos e empresários da educação brasileiros dos moldes atuais são excrescências e não perseverarão, infelizmente eles só são como são por não terem aprendido nada com bons professores.

Muito obrigada por sua contribuição André.
Show de bola !

Contribuidores, o que vocês podem dizer a respeito? Complementem, por favor!

Nossa, trabalhei em uma escola regular com um programa bilingue. Fui a primeira professora de inglês lá. Meu Deus! O material escolar de cerca de metade das crianças chegou com 2 meses de atraso, e enquanto isso ouvi propostas completamente antiéticas, como por exemplo, dar aula do meu jeito, com meu material próprio e não o da escola para os alunos sem material e a outra professora (contratada como estagiária), dar aula para os alunos que já tinham material; Outra coisa muito antiética foi que a escola escolheu quais alunos teriam material e quais não teriam, e o fizeram da seguinte forma, os alunos com material eram os alunos cujos pais eram chatos, encrenqueiros, e ainda ouvi por vezes, a direção desta escola, se referir a estes mesmos pais, com ar de desaforo. Isso me dava embrulho no estômago. E isso não é nada visto o muito mais que aconteceu lá ! Eles estão enrolando todos os pais para não perder alunos dizendo até, que eu estava trabalhando com os bebês do berçário, e eu não estava porque todos os meus horários já estavam dedicados a outras turmas, não havia tempo. E mais, e mais...

Primeiramente, a escola tem a obrigação de manter sua palavra. O combinado não pode sair caro. O que a escola propõe ao candidato a seu professor não deve ter mudanças durante o trabalho do mesmo.
É horrível quando começamos perceber que a escola não mantém a palavra e exige que seus professores se submetam a atividades e situações que não competem aos mesmos e ainda, tem q cara de pau de dizer que não estamos seguindo sua filosofia. Tenho ódio de escolas assim.
Gosto das escolas que cumprem o combinado, o que foi proposto pela mesma, de escolas que se comprometem com o cumprimento de uma cultura organizacional.
Escola sem cultura organizacional é o caos.

Letícia,
Concordo plenamente. Sinto orgulho da escola e tenho vontade de vestir a camisa da mesma quando primeiramente constato que há uma Cultura Organizacional respeitada, cumprida, mantendo assim a ordem de todas as coisas.
Disse tudo, Letícia.